Realizada pelo Laboratório de Sementes e Mudas, unidade da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) Sementes e Mudas, em parceria com a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq)/Universidade de São Paulo (USP) e com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag), capacitação reuniu responsáveis técnicos de viveiros e laboratórios de sementes de São Paulo e até de outros estados.
Há muito tempo, conservação e restauração florestal deixaram de ser foco apenas de ações de ambientalistas, passando a ser uma necessidade de sobrevivência para toda a sociedade e para produção de alimentos, fibras e energia de forma sustentável, com base no tripé econômico, social e ambiental.
Neste contexto, considerando a crescente demanda nessa área e o desenvolvimento de técnicas para o uso das sementes, na produção de mudas e implantação de áreas de proteção ambiental, o conhecimento sobre a qualidade das sementes se tornou essencial para a efetiva execução e eficiência de projetos.
“Atualmente, o Brasil possui um vasto conhecimento teórico e prático, bem como alta tecnologia na área de produção de sementes, principalmente de plantas e culturas comerciais. Na área de sementes florestais, este conhecimento vem sendo construído e aprimorado nos últimos anos com novas tecnologias de coleta, multiplicação e análise, para garantir a qualidade e quantidade necessárias para produção de plantas saudáveis para suprir a demanda da conservação de restauração florestal em áreas como as de Reserva Legal, Preservação Permanente e propriedades rurais. Analisando este cenário, vislumbramos a importância e a necessidade de promover uma atualização de conhecimento geral e específico de agentes do setor de produção e comercialização de sementes florestais”, explica Patrícia Ribeiro Cursi, diretora do Laboratório de Sementes e Mudas, da CATI Sementes e Mudas, credenciado como laboratório oficial pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, no Estado de São Paulo, e associado à ISTA, organismo internacional.
Programação
Com um time de especialistas, o workshop abordou temas de forma abrangente, desde legislação, qualidade, coleta, identificação, beneficiamento, germinação até sanidade.
“Escolhemos realizar o curso no laboratório da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, por conta de o nosso laboratório, localizado na sede da CATI em Campinas, estar passando por uma ampla reforma estrutural. Mas estar no ambiente da Academia foi bem interessante, para estreitar a troca de experiências entre os participantes e pesquisadores. Essa interação foi um ponto focal do curso, pois trouxe uma visão muito prática do processo para os participantes”, avalia Patrícia.
A seguir, a lista de temas abordados e nomes dos profissionais responsáveis pelas palestras ministradas nos dois dias da capacitação, realizada no final do mês de maio.