CATI-SP

CATI Sementes e Mudas: variedade de milho AL Avaré ultrapassa fronteiras e beneficia agricultores familiares em cidade de Minas Gerais

A distribuição de sementes de milho aos agricultores, especialmente aos familiares, tem sido, ao longo do tempo, uma política pública de diversas prefeituras de várias regiões do Brasil, que tem a agropecuária como base forte de sua economia. Nesse contexto, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) - órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento responsável pelas ações de assistência técnica e extensão rural (Ater) juntos aos produtores rurais paulistas - vem atuando para ampliar esse mercado, já que as características das sementes dos milhos produzidos pela sua unidade de Sementes e Mudas atendem perfeitamente às exigências das prefeituras e, principalmente, do agricultor beneficiário.

“Por tratar-se de variedade, as sementes da CATI são mais rústicas e versáteis no uso (grão, silagem e milho verde), toleram condições desfavoráveis de cultivo, apresentando menor risco de insucesso ao produtor rural. Outro ponto a favor é o valor competitivo das nossas sementes, aliado às altas qualidade e produtividade, além de que a sua compra pode ser feita com dispensa de licitação, mediante a Lei n.° 8.666, de 21/6/1993, que facilita e desburocratiza a compra não só de sementes, mas também de mudas pelos órgãos públicos de forma geral. Sendo assim, a produção e comercialização das nossas sementes são uma oportunidade para Secretaria de Agricultura do Governo de São Paulo ultrapassar fronteiras e divulgar a tecnologia das sementes de milho variedade desenvolvida pelos técnicos da CATI, beneficiando produtores de todo país”, explica Ricardo Manfredini, engenheiro agrônomo da CATI Sementes e Mudas em Taubaté.

Um exemplo recente, do sucesso das sementes de milho produzidas pela CATI e sua função social, é relatado pela Prefeitura de Delfim Moreira, município situado na região serrana do sul do Estado de Minas Gerais, cuja economia é baseada na agricultura familiar.

“Por meio de sua Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, em parceria com a Emater - MG, a prefeitura de Delfim Moreira adquiriu, em 2022, no Núcleo de Produção de Sementes de Taubaté, uma tonelada de sementes de milho CATI, variedade AL Avaré. O desempenho foi surpreendente e teve excelente aceitação entre os agricultores participantes do programa municipal de distribuição de sementes. Fato este que levou a secretária de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, Joelma Aparecida Rabelo, a entrar em contato novamente conosco, agora em 2023, para dobrar a compra de sementes para a safra 2023/2024. E, segundo ela, a previsão é quadruplicar a quantidade para a safra 2024/2025”, conta Manfredini, celebrando o desempenho e o cumprimento do compromisso da CATI Sementes e Mudas, em atuar com a produção de sementes e mudas como instrumento de extensão rural e transformação da vida de pequenos produtores rurais.

 

     

Da esquerda para direita: Breno Viana, produtor rural; Joelma Rabelo, secretária municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente;

Túlio Cezar Meirelles, zootecnista da Emater-MG; e Ricardo Manfredini, engenheiro agrônomo da CATI Sementes e Mudas.   

 

Segundo Túlio Cézar Meirelles, zootecnista do escritório da Emater-MG de Delfim Moreira, a aquisição das sementes é possível devido à existência do fundo municipal de desenvolvimento rural, que recebe recursos do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte e de comunicação (ICMS) solidário, popularmente conhecido como “lei Robin Hood”, de acordo com ele. “ É a Lei estadual n.° 18.030, de 12/1/2019), que retorna mensalmente ao município porcentagem do que foi arrecadado pelo estado na produção de alimentos do próprio município. A lei beneficia municípios com pontuação positiva nos índices agropecuários, sendo que um dos índices com maior peso é a existência de Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural”, explica Meirelles.

Os bons resultados dos milhos CATI em Delfim Moreira e o amparo legal para aquisição com dispensa de licitação despertaram a atenção de outras prefeituras, como a do município de Gonçalves, também no sul de Minas Gerais. “Recentemente, o diretor municipal de Agricultura dessa cidade, José Otávio Gusmão de Souza, nos procurou, fez encomenda e encaminhou a compra de sementes de milho, também da variedade AL Avaré”, pontua Manfredini, salientando que o objetivo da CATI é poder atender a um número cada vez maior de prefeituras, para beneficiar o maior número possível de agricultores com sementes de qualidade garantida.

 

Com a palavra, os beneficiários

O produtor rural Breno Viana de Oliveira, beneficiário do programa municipal, é um entusiasta quando se fala das sementes da CATI. Proprietário do Sítio Beija-Flor, cultivou o AL Avaré em cerca de 1,5 hectare, realizando o plantio de forma manual, no “bico da enxada”, como ele mesmo frisou, produzindo cerca de 30 toneladas de silagem/hectare, para alimentação do gado leiteiro. “Eu plantei o milho em dezembro, manualmente. E produziu muito. Fiquei satisfeito demais e já estou na fila para receber sementes para a próxima safra, se Deus quiser!”, celebra Breno.

 

Produtor Breno e o extensionista da CATI, Ricardo Manfredini: conversa para esclarecimentos

de dúvidas quanto ao plantio e à condução das sementes plantadas.

 

Curiosidade histórica durante encontro em Delfim Moreira

Em sua visita à cidade de Delfim Moreira para verificar in loco os resultados do plantio do milho CATI AL Avaré, Ricardo Manfredini vivenciou um fato histórico, que acrescentou mais “sabor” ao relacionamento comercial com a cidade mineira.

“Entre as décadas de 1960 e 1980, fiquei sabendo que a cidade foi sede de mais de 20 empresas de conservas que fabricavam doces de marmelada em lata. Segundo informações recebidas, o município contava, na época, com as maiores e mais famosas marcas do Brasil como CICA, Peixe, Colombo, entre outras. Com a popularização de outros doces, como goiabada, chocolates e biscoitos, houve o declínio da produção de marmelo no município - que chegou a ter um bairro, o qual hoje se emancipou, se tornando o município de Marmelópolis. O que restou dessa época de muito orgulho para a cidade foi a antiga fábrica da CICA, que hoje abriga a sede da prefeitura, onde fomos gentilmente recebidos pelo prefeito municipal, Edilberto Marques da Cruz, a secretária de Agricultura e o extensionista da Emater-MG”, conta Manfredini.

 

 

 Da esquerda para direita: Joelma Rabelo; Ricardo Manfredini; prefeito municipal de Delfim Moreira,

Edilberto Marques; e Túlio Cezar Meirelles.

 

 

Para mais informações, assista ao vídeo abaixo, gentilmente cedido pela Prefeitura Municipal de Delfim Moreira.