CATI-SP

DSMM da CATI trouxe novidades para a Agrishow e espaço chamou a atenção de centenas de visitantes

O Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM) da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) marcou presença na 25.ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, a Agrishow, que ocorre até o dia 4 de maio, em Ribeirão Preto. A novidade para este ano ficou por conta da volta da comercialização das sementes e mudas do DSMM na Agrishow, e também pela demonstração de um minissilo automatizado.

Logo na entrada do espaço dedicado ao DSMM, os visitantes conferiram algumas sementes e mudas que o Departamento comercializou. No total, a CATI possui mais de 15 variedades de sementes e cerca de 300 espécies diferentes de mudas. “A grande novidade é que conseguimos retomar a venda de mudas e sementes, o que não ocorria desde 2015”, disse Victor Branco de Araújo, responsável pela área de mudas da CATI. “O público que visita nosso estande também se interessou em tirar dúvidas, sobretudo os visitantes urbanos”, afirmou.

      

No espaço do DSMM foram apresentadas as sementes de milho “AL Avaré”, que possui maior teor produtivo, “AL Piratininga”, para silagem de grãos, o “Cativerde”, variedade para milho-verde, o “Painço”, usado para plantio direto e alimentação animal, e o “Nabo-forrageiro”, um adubo verde. Os visitantes puderam levar para casa amostras com sementes de milho orgânico produzidas na Fazenda Ataliba Leonel e certificadas pelo Instituto de Biodinâmica (IBD), órgão responsável pela certificação de produtores e material orgânico. “O carro-chefe é o AL Avaré, mas o produtor que visitou nosso espaço pôde conhecer cada variedade e, dessa forma, escolheu o que melhor se adequa à sua necessidade”, afirmou Gerson Cazentini, diretor do Centro de Produção de Sementes do DSMM.

A terra diatomácea, um tratamento de sementes de forma natural, também marcou presença e chamou a atenção de Waldir Ribeiro, produtor de milho em São Carlos. “Não conhecia essa técnica com a terra diatomácea e achei muito interessante porque não é tóxico e não tem nenhum problema para a saúde humana ou animal”, afirmou. O produtor disse ainda que pretende adquirir o milho da CATI para a próxima safra. Ao lado da terra diatomácea, os visitantes puderam conhecer as ações realizadas pelo laboratório do DSMM, como a atuação de germinadores e o trabalho de produção de mudas por micropropagação (in vitro).

      

De pai para filho

O produtor Valdecir Capana, acompanhado do filho, André Capana, de 14 anos, vieram do município de Tabatinga, a cerca de 130 quilômetros de Ribeirão Preto, para visitar a Agrishow. Eles aproveitaram para conhecer o espaço do DSMM e também para comprar algumas mudas. “Comprei mudas de jabuticaba, cereja, palmeira e araçá vermelho. Para mim, plantar é um prazer”, disse o filho acompanhado de uma carriola que adquiriu na Feira para transportar as mudas adquiridas. O diretor do DSMM, Ricardo Lorenzini, afirmou que a interação dos visitantes com os técnicos da CATI aproxima o público do meio rural. “É muito satisfatório receber os visitantes que se interessam em conhecer o DSMM e poder demonstrar o que nós promovemos para que a agricultura paulista continue se destacando”, concluiu.

Minissilo

Em parceria com uma empresa de Santa Catarina, a CATI adquiriu uma tecnologia que contribui no controle de temperatura em armazenagem de sementes, a termometria digital, que permite precisão nas medições e garantia de qualidade. O material foi demonstrado com um minissilo de metal automatizado. “O silo possui sensores digitais que permitem monitorar, por meio de softwares, a temperatura e umidade das sementes, fatores essenciais para a boa armazenagem do produto” afirmou Samuel Aguiar, gerente comercial da empresa que disponibilizou gratuitamente a ferramenta para o DSMM.

      

De acordo com Maria Paula, engenheira agrônoma do DSMM da CATI, controlar a temperatura em armazenagem é primordial. "Quando o produtor colhe a semente e a leva para o silo, geralmente a umidade do grão está acima do esperado. Dependendo do nível, é necessário fazer a aeração, ou seja, colocar a semente em contato com o ar ambiente para diminuir a umidade", explicou. A semente armazenada no silo continua "respirando" e a umidade em excesso leva à proliferação de fungos e o aumento de insetos. "Atualmente não há um controle interno da temperatura. É necessário retirar uma amostra para fazer a medição", disse.

A engenheira agrônoma da CATI afirmou ainda que os dados obtidos por meio da medição digital podem ser enviados a computadores, tablets e smartphones, gerando gráficos e relatórios que podem ser emitidos em tempo real. O equipamento será utilizado na Fazenda Ataliba Leonel, do governo do Estado de São Paulo. “Com isso o produtor que adquire nossas sementes tem a garantia de qualidade fisiológica e sanitária”, acrescentou Maria Paula.

Mais informações: (19) 3743-3870 ou 3743-3859

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