CATI-SP

Durante a Agrishow, grupo de produtores e empresários da Tailândia visita propriedade inserida no Projeto CATI Café, em Brodowski

Na tarde do dia 3 de maio, um grupo de produtores e empresários da Tailândia, que visitou a Agrishow, esteve em Brodowski, município ligado à área de atuação da CATI Regional Ribeirão Preto, conhecendo um pouco sobre a produção de café da região, cultura de interesse em seu país. A visita, segundo o guia do grupo, foi viabilizada pelo contato com técnicos da CATI, no estande da instituição, na Agrishow. “Logo que soube do interesse, já entrei em contato, pois se existe uma entidade capaz de falar diretamente com os produtores em São Paulo é a CATI”, explicou o engenheiro agrônomo João Schiffer, guia do grupo.

E a visita foi prontamente acertada com o produtor Valentim Berleze, proprietário do sítio Santa Helena, que recebeu o grupo acompanhado pelos extensionistas da Regional Ribeirão Preto, Sérgio Veráguaz e Álvaro Mussolin, e Deborah Furtado, conveniada da Casa da Agricultura local. “Nessa propriedade fazemos o acompanhamento técnico, por meio do Projeto CATI Café, onde entre as tecnologias difundidas está o manejo integrado de pragas, especialmente a broca do café, com uso de controle biológico. Além disso, o produtor integra a Associação dos Produtores da Microbacias do Córrego do Matadouro – Bairro Contendas, que possui certificação Fair Trade e foi beneficiada pelo Projeto Microbacias II, com investimentos (colheitadeira, carreta, laboratório de prova de qualidade) que estão impactando na melhoria da qualidade do café e na comercialização”, explicaram os engenheiros agrônomos, que abriram a visita falando sobre o trabalho da CATI.

No sítio Santa Helena, a família Berleze cultiva cerca de 90 hectares, com café arábica, das variedades Mundo Novo e Catuaí, vermelho e amarelo. Para Valentin, a visita foi muito interessante. “Foi uma surpresa receber um grupo tão grande de fora do país. Fiquei muito feliz por poder mostrar um pouco do que nós estamos fazendo e saber que podemos contribuir com informações que possam ajudar outras pessoas. Mas isso só foi possível, com o apoio dos técnicos da CATI, que nos dão todo suporte que precisamos”.

E para o grupo, que se mostrou muito interessado, fazendo questionamentos sobre diversos assuntos ligados à produção, como controle de pragas, variedades, clima, tecnologias e manejo, e também sobre comercialização, a visita muito produtiva. Para Amnuay Kanjanakumnurd, diretor de uma empresa do setor canavieiro, e Peng Srisukajorn, produtor de cana-de-açúcar (uma das principais atividades agrícola da Tailândia), os quais têm muito interesse na cafeicultura, as informações transmitidas foram muitos úteis, e algumas tecnologias podem ser adaptadas em suas lavouras. “Observamos muitos pontos de diferença no cultivo aqui e o das lavouras de nosso país. Aqui as ações são mais mecanizadas, existem diversas variedades (na Tailândia, cultiva-se mais a espécie Robusta), entre outras coisas. Mas obtivemos informações úteis sobre variedade, plantio, controle de pragas, colheita, secagem, ensacamento, que poderemos adaptar e repassar a outros produtores. Mas, além de informações estamos levando esse calor humano e acolhida que recebemos do produtor e dos técnicos da CATI, instituição que realiza um trabalho muito bom e apoia bastante os produtores, como pudemos ver”.

E a integração entre o grupo, o produtor e os técnicos da CATI foi celebrada com boas doses de café “da roça” da família Berleze, feito em coador de pano, pela dona Helena, matriarca da família!

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