O balanço de resultados do Programa Milho+SP aconteceu em evento realizado na sede da Coopermota, em Cândido Mota, município ligado à área de atuação da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) Regional Assis, que contou com a com a presença do secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai, de autoridades municipais e regionais, produtores rurais, representantes das empresas parceiras, equipes técnicas da CATI das principais regiões produtoras
A primeira divulgação de resultados do Programa Milho+SP, fruto de parceria do Governo de São Paulo com empresas do setor produtivo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), com execução da CATI, mostrou um saldo muito positivo.
“Essa primeira avaliação do Programa Milho+SP foi muito positiva e celebrou a parceria entre o poder público, os produtores rurais e a iniciativa privada. Nos mostrou que a união de esforços e o trabalho conjunto produz resultados além do esperado, com frutos para todos os elos da cadeia produtiva. Por isso, como em todos os projetos e programas executados pela CATI, no Milho+SP estamos trabalhando de forma integrada em busca da autossuficiência da produção de milho no Estado de São Paulo”, declara Alexandre Manzoni Grassi, coordenador substituto da CATI, presente ao evento.
José Augusto Maiorano, engenheiro agrônomo do Centro de Cadeias Produtivas da CATI, foi o responsável pela apresentação dos dados, em uma análise detalhada do programa por safras. “Nas safras 2022/2023 e 2023/2024, o programa foi implementado em 23 Unidades Demonstrativas (UD). Para a safra de 2024/2025, está definida a instalação de 19 Unidades, nas Regionais da CATI com maior potencial para a produção de grãos, incluindo quatro novas áreas nos municípios de Campos Novos Paulista, Platina e Ourinhos”, explica Maiorano, informando que, até o momento, foram capacitados 1.615 agentes da cadeia do milho, entre produtores, técnicos da CATI e da iniciativa privada, que atuam diretamente com os agricultores. “Com a tecnologia gerada e adaptada nessas áreas, a expectativa é alcançar 100 mil produtores de milho, abrangendo uma área de um milhão de hectares em até seis anos”.
Durante o evento, as empresas parceiras do Governo de SP no desenvolvimento do Programa do Milho+SP - Corteva Agriscience, Valtra (marca do Grupo AGCO) e Yara Brasil; e a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) - reiteraram a importância da parceria entre entidades públicas e privadas, com o objetivo de potencializar e garantir efetividade do programa estadual.
"O programa demonstra a importância de uma parceria público-privada para a criação de um ecossistema de produção em prol dos agricultores. A Corteva entende que as soluções para os grandes desafios devem ser trabalhadas de forma colaborativa. No caso do Milho+SP, estamos unindo a vocação do estado com a vocação da indústria e demais agentes da agricultura moderna para o sucesso do agricultor", pontuou Alexsandro Mastropaulo, Líder de Desenvolvimento da Agricultura da Corteva Agriscience.
O principal objetivo é ampliar a produção de milho em larga escala no Estado de São Paulo, visando alcançar 11 milhões de toneladas até 2030. Para o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai, os números apresentados só tendem a crescer. “Para diagnosticarmos se uma parceria será um sucesso, basta analisarmos os agentes envolvidos na iniciativa. De um lado, temos a CATI, um dos braços principais da Secretaria de Agricultura, que atende os mais de 450 mil produtores de nosso estado. De outro, temos três companhias com credibilidade e pujança inquestionável. O resultado apresentado impressiona e uma certeza que tenho é que, no próximo ano, quando apresentarmos os resultados novamente, ficaremos surpresos de novo”.
Extensionistas da CATI são homenageados durante o evento
Durante o evento, o Grupo Técnico de Grãos da CATI fez um reconhecimento público do trabalho dos extensionistas para o avanço não apenas do Programa Milho+SP, mas de toda a cadeia produtiva, com implementações de ações técnicas junto aos produtores, com capacitação dentro e fora da porteira.
Na ocasião, foram homenageados os extensionistas Silter Fadel, médico-veterinário da CATI Regional Assis; José Tolentino, engenheiro agrônomo da CATI Regional Tupã; e Washington Oi, engenheiro agrônomo da CATI Regional Araçatuba.
"Em nome do Programa Milho+SP, prestamos essa pequena homenagem de reconhecimento a estes colegas extensionistas, por todo empenho, trabalho e dedicação em prol deste programa e dos agricultores envolvidos", explica Sandro Parise, engenheiro agrônomo da CATI Regional Assis e membro do GT de Grãos.
Importância do Milho +SP para o Estado de São Paulo
O Brasil ocupa a 3.ª posição na produção mundial de milho, com 137 milhões de toneladas anuais (Estados Unidos e China ocupam as duas primeiras posições, respectivamente). Desse montante, São Paulo é responsável pela produção de 3,3 milhões de toneladas, sendo o sexto maior produtor nacional. Com essa produção, atualmente o estado tem um déficit de cerca de 5,6 milhões de toneladas, haja vista que a demanda de consumo interno está estimada em 8,9 milhões de toneladas.
“E essa diferença hoje é suprida pela vinda do grão de outros estados brasileiros. Com base nesse contexto, a parceria público-privada, tendo os produtores rurais como eixo no desenvolvimento do programa, está gerando condições de atender a demanda paulista”, explica Ricardo Domingos Luiz Pereira, coordenador da CATI, complementando: “Essa iniciativa alia o aumento da produtividade com recuperação de áreas degradadas; sustentabilidade com aumento de renda e emprego, bem como de gestão da propriedade e vocação do uso do solo, envolvendo diversas etapas como conhecimento agronômico, manejo ideal para a lavoura, adoção tecnológica em insumos e equipamentos, acesso a crédito e seguro, além de treinamentos e conexão com indústrias. E tudo isso faz parte do trabalho diário de extensão rural que a CATI realiza por meio de suas 40 Regionais e as mais de 500 Casas da Agricultura, que abrangem a quase totalidade dos municípios paulistas”.
O programa - que em seu terceiro ano de execução vem incentivando a adoção de tecnologia em pequenas propriedades das principais regiões produtoras para aumento da produção local e regional, bem como produção de milho por grandes empresas do agronegócio instaladas no estado - tem se consolidado como um instrumento de expansão da produção sustentável de milho.
É o caso do sítio Água do Barreiro, localizado em Assis, de propriedade do produtor Edson Luis Rodrigues Cruz e família, no qual foi instalada uma Unidade Demonstrativa do programa, que está mudando a paisagem com incentivo à pecuária de corte (cria e recria), recuperação de área de pastagem degradada, aumento de produção de grãos com adoção de tecnologia e impacto positivo na renda familiar.
Em uma área demonstrativa de 1,2 hectare, os extensionistas da CATI Regional Assis têm utilizado o espaço, junto com as empresas parceiras, para implementar técnicas de manejo relativas à cultura do milho, por meio da adubação correta do solo, da transferência de conhecimento ao produtor e, principalmente, no uso da tecnologia.
“Quando visitamos uma propriedade que vem realizando um trabalho de referência por meio de um programa, que teve seu início a partir do Governo de São Paulo, é motivador e impulsiona nossas equipes a seguirem com o excelente trabalho que realizam”, declarou o secretário Guilherme Piai, durante visita à propriedade da família Cruz.