CATI-SP

Milho Safrinha é tema de reunião técnica promovida em Assis

Evento apresentou resultados do trabalho da Secretaria de Agricultura, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), do Instituto Agronômico (IAC) e da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) Regional, em uma programação que contou com palestras e observações práticas dos resultados

 

“Mais de três décadas de ações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da extensão rural da CATI, e da pesquisa do IAC e da APTA Regional, com apoio da iniciativa privada, elevaram a região do Vale do Paranapanema à principal produtora de milho safrinha”. Esta é a constatação dos mais de 80 participantes (produtores e técnicos) da 33.ª Reunião Técnica sobre a Cultura do Milho Safrinha, promovida pela CATI Regional Assis e a APTA Regional.

Durante o evento, realizado com o objetivo de difundir conhecimento, em um ciclo de palestras sobre temas importantes e atuais pertinentes à cultura, foram divulgados os resultados dos ensaios de cultivares de milho safrinha (plantadas e comercializadas), no Estado de São Paulo, em 2024.

 

 

“Na rede de ensaios de avaliação de 2024, foram plantadas 40 cultivares de milho, semeadas em nove diferentes localidades no Vale do Paranapanema e na Unidade de Pesquisa do IAC em Mococa (SP) (totalizando 10 diferentes locais de plantio). Entre os parâmetros agronômicos das cultivares avaliadas estão produtividade de grãos, altura de plantas, dias de florescimento, rendimento de espiga, altura de espiga, altura de plantas, número de plantas acamadas e quebradas, incidência e severidade de doenças foliares, sintomas de enfezamentos e viroses”, explica o engenheiro agrônomo Sandro Parise, responsável pela Casa da Agricultura de Cândido Mota e integrante do Grupo Técnico de Grãos da CATI.

 

 

Segundo Parise, o trabalho de avaliação de cultivares de milho safrinha no Estado contam com o apoio da Coopermota, da Cooperativa Agropecuária de Pedrinhas Paulista e do Centro de Desenvolvimento do Vale do Paranapanema (CD Vale) e empresas de sementes de milho. “Os resultados divulgados e discutidos servem para nortear o posicionamento técnico das cultivares e avaliação das condições de tolerância às principais doenças que ocorrem na cultura”, informa Parise, ressaltando que para melhorar a produtividade e renda dos produtores entendeu-se que era preciso gerar conhecimento e tecnologia em experimentos práticos sobre as melhores cultivares a serem plantadas e o manejo adequado para o solo, o clima e as características das propriedades da região.

Para tanto, foi instalado uma rede de ensaios em áreas cedidas por produtores locais e conduzidas em parceria com pesquisadores do IAC e da APTA, como a melhor forma de se construir um saber conjunto, aprimorar o desenvolvimento das culturas na região, bem como promover a organização e sustentabilidade da cadeia do milho safrinha, com aperfeiçoamento da produção e aumento da produtividade.

 

   

   

Ensaios de 2024

  

Antoniane Arantes, engenheiro agrícola da CATI, responsável pela palestra “Agrometeorologia do Milho Safrinha 2024 no Médio Vale do Paranapanema”, destaca que o evento demonstrou o perfil extremamente capacitado do setor, com palestras de excelente nível técnico, bem como produtores presentes de extremo potencial de pesquisa aplicada, possibilitando que as variedades de milho safrinha estejam em constantes testes e comparativos produtivos. “As mudanças climáticas exigem que as diferentes cadeias produtivas estejam aptas a serem resilientes frente aos extremos meteorológicos, o que é já é uma verdade para a cadeia do milho safrinha em São Paulo com a contribuição desse histórico e conceituado evento temático, o qual proporciona instrumentos para que esse importante grão seja cultivado com Boas Práticas Agropecuárias, as quais permitem a oferta em quantidade e qualidade, garantindo segurança alimentar e renda para os produtores”.

 

 

Resultados do trabalho têm saldo positivo para os produtores, a conservação do solo e a economia

Ao final de cada ciclo produtivo, é realizado o evento, onde extensionistas e pesquisadores apresentam os resultados das avaliações em relação a doenças e pragas, altura de planta, produtividade, entre outras. “Ou seja, são disponibilizadas informações que os produtores precisam para adquirir a melhor semente para sua área, adotando as melhores tecnologias de manejo e colheita”, explica Parise.

Além de auxiliar na tomada de decisão das melhores cultivares, em questão de custo-benefício e vocação de solo e clima, o trabalho realizado pela CATI, pelo IAC e pela APTA Regional com o milho safrinha tem outros desdobramentos. “Nos últimos anos, nos quais intensificaram-se alguns problemas fitossanitários somado a alta dos custos de produção, se torna crucial conhecer muito bem o comportamento dos principais híbridos plantados na região bem como suas características produtivas. Essas avaliações contínuas de cultivares nos direcionam para eleger os melhores materiais para cada ciclo de plantio, onde entendemos a importância desse evento como espaço de troca de experiência de altíssimo nível técnico de temas relevantes para a cultura”, explicam Parise e o pesquisador Aildson Duarte, do IAC.

Sobre os Campos de Avaliação, Duarte ressalta que ao longo dos anos, centenas de produtores conheceram as vantagens das cultivares de milho safrinha comercializadas na região, por meio dos Campos de Avaliação de Cultivares. “Em todos esses anos de avaliação, foram apresentados ensaios com centenas cultivares, que, por meio dos resultados, se pode ter uma noção geral das mais adaptadas às principais regiões produtoras em relação a alguns fatores como produtividade, plantas acamadas, plantas quebradas, resistentes ou suscetíveis a determinadas doenças, entre outros”, informam.