Prêmio Bean to Bar Brasil 2024 confirma: São Paulo tem cacau e com amêndoas de qualidade!
Primeira colocação na Categoria Chocolate Intenso - concorrendo com chocolates produzidos com amêndoas de estados tradicionais, como Pará e Bahia - para chocolate elaborado a partir de cacau produzido no Estado de São Paulo, atesta a qualidade do cacau paulista
A cacauicultura paulista está em festa! Após uma década de trabalho intenso do Programa Cacau SP, desenvolvido pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), com apoio de parceiros públicos e privados, a qualidade das amêndoas produzidas em solo paulista (que não é uma zona tradicional de cultivo da cultura) foi reconhecida durante o I Prêmio Associação Bean to Bar Brasil 2024 – Para Chocolate do Cacau à Barra, realizado no dia 23/10, durante a Chocolate Week, evento promovido pela Associação Bean to Bar Brasil.
"Uma premiação desse porte para um chocolate produzido com cacau de São Paulo e que estava concorrendo com chocolates produzidos com amêndoas dos estados mais tradicionais no cultivo de cacau, como o Pará e a Bahia, representa o reconhecimento da qualidade do fruto produzido em solo paulista, destacando-o nos mercados nacional e internacional. Além de ser uma alegria imensa para toda a nossa equipe da CATI do Grupo Técnico de Cacau, que junto com parceiros valiosos, acreditou na cultura, busca constantemente conhecimento e tem se dedicado com empenho e paixão ao Programa Cacau SP", celebra Fernando Miqueletti, diretor da CATI Regional São José do Rio Preto, onde se iniciou todo o trabalho com o Cacau SP.
Miqueletti destaca ainda:"O reconhecimento da qualidade das amêndoas de cacau de São Paulo abrange aspectos como sabor, aroma, características genéticas e práticas sustentáveis de cultivo. Premiações como esta incentivam os produtores locais a aprimorar técnicas agrícolas e processamento, bem como podem posicionar São Paulo como um polo de cacau premium, gerando benefícios econômicos, com agregação de valor e credibilidade. Além disso, atrai a atenção de chocolatiers e indústrias, que buscam matéria-prima de excelência”, avalia Fernando Miqueletti, diretor da CATI Regional São José do Rio Preto e integrante do Grupo Técnico do Cacau, que iniciou os trabalhos com a cultura no território paulista.
O chocolate premiado foi fabricado com amêndoas provenientes de plantas da Coleção do Banco de Germoplasma do Instituto Agronômico (IAC), que estão instaladas na APTA Regional de Pariquera-Açu, no âmbito do Programa Cacau SP, o qual conta também com apoio do Instituto de Tecnologia dos Alimentos (ITAL) e do Instituto Biológico (IB).
“Loucura, foi uma das palavras que ouvimos, quando, em 2014, demos os primeiros passos em direção à busca por conhecimento sobre o cacau, uma cultura não tradicional em São Paulo, que pudesse ser trabalhada em sistema de produção integrada, por meio de consórcio com a seringueira, cultura de grande importância econômica, social e ambiental em nossa região, o noroeste paulista. Uma década depois, ver um chocolate produzido com amêndoas de cacau paulista − fruto do intenso trabalho da extensão rural, alicerçado pelo apoio dos pesquisadores da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac)/Ministério da Agricultura e Pecuária de parceiros da pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e da iniciativa privada − é muito gratificante, pois nos mostra que estamos no caminho certo, dando os passos com consciência e responsabilidade técnica junto aos produtores, ao abrirmos uma janela de plantio concreta em solo paulista. A partir de agora, podemos dizer que sim, São Paulo tem cacau, o qual, futuramente, terá destaque nacional com amêndoas de qualidade e em quantidade, como alternativa rentável para os produtores rurais”, comenta Ricardo Domingos Luiz Pereira, coordenador da CATI.
Extensionistas da CATI e pesquisadores da APTA Regional de Pariquera-Açu e do ITAL participam ativamente da Chocolate Week
Chocolate Week
A premiação aconteceu durante a Chocolate Week, evento promovido pela Associação Bean to Bar Brasil, que reuniu, entre os dias 21 e 23/10, no auditório da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, produtores de chocolate artesanal, representantes da cadeia produtiva do chocolate, especialistas do segmento, pesquisadores, extensionistas do Grupo Técnico (GT) de Cacau da CATI e interessados. A CATI marcou presença na programação do evento, com três palestras com temas importantes para o setor.
A palestra sobre o Programa Cacau SP foi ministrada pelo engenheiro agrônomo Andrey Vetorelli, da CATI Regional São José do Rio Preto e integrante do GT de Cacau. O tema Cacau Orgânico foi abordado pelo engenheiro agrônomo Hiromitsu Gervasio Ishikawa, da Casa da Agricultura de Lindoia/CATI Regional Bragança Paulista; e a Influência do Clima na Cacauicultura, tema de uma mesa de debates, foi ministrada pelo engenheiro agrícola Antoniane Arantes, do Grupo Técnico de Conservação do Solo e da Água.
No estande da CATI, o público pôde conhecer todas as etapas do Programa Cacau SP e degustar chocolate e chá de cacau
Sobre o Programa Cacau SP
Após intensos trabalhos de adaptação tecnológica e divulgação realizados pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e de parceiros, é possível celebrar a evolução da área plantada com tecnologia e o aumento expressivo de produtores de diversas regiões interessados em investir na cacauicultura, que vem se firmando como alternativa viável dos pontos de vista econômico, social e ambiental. Esses são alguns frutos do Programa Cacau SP, consolidado como política pública de estado com a assinatura do Protocolo de Cooperação entre a Secretaria de Agricultura – por meio da CATI e dos institutos de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) – e o Ministério da Agricultura e Pecuária, por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
E com o avanço das ações no âmbito do Programa, já é possível identificar impactos positivos, como:
• aumento da rentabilidade e sustentabilidade da produção;
• diversificação de atividades agrícolas, com geração de renda e emprego, principalmente em pequenos municípios, com fortalecimento da economia local;
• fortalecimento da agricultura familiar. Implantação de modelos ambientalmente sustentáveis e com responsabilidade social;
• fortalecimento do cooperativismo e associativismo. Padronização da produção, com características de excelência;
• fornecimento de matéria-prima de qualidade para a indústria;
• produção de mudas em embalagens biodegradáveis (Ecopot) e fornecimento de material genético, com garantia de qualidade e procedência, pela CATI Sementes e Mudas.
Para mais informações, acesse:
Documento Técnico
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https://www.cati.sp.gov.br/portal/themes/unify/arquivos/produtos-e-servicos/acervo-tecnico/DT129CacauSPONLINE14_12_2022_c.pdf
Fôlder
Faça download gratuito aqui:
https://www.cati.sp.gov.br/portal/themes/unify/arquivos/produtos-e-servicos/cartilhas-e-folderes/CATI_FolderCacau-2024.pdf
