CATI-SP

Projeto CATI Leite prioriza gestão de sistemas de produção leiteira em Guaratinguetá

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por intermédio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Regional Guaratinguetá, em conjunto com as Casas da Agricultura vinculadas a Pasta, está finalizando a avaliação dos resultados 2015-2016 do Projeto CATI Leite. Com foco na melhoria de renda do produtor, o projeto vem alcançando avanços significativos nos fluxos de caixa das propriedades assistidas pela Coordenadoria, principalmente em relação à racionalização dos custos operacionais, resultado da evolução de índices zootécnicos, a partir de melhorias em manejo alimentar, genética e sanidade do rebanho.

“Com a avaliação, confirmamos que a extensão rural está contribuindo para implantar novas referências em planejamento, gestão e tecnologias sustentáveis para a produção leiteira”, afirma o engenheiro agrônomo da Secretaria e diretor da CATI Regional, Jovino Paula Ferreira Neto.

De acordo com a zootecnista da Pasta e assistente agropecuária da Casa da Agricultura de Piquete, Mariele Santana Camargo, o fluxo de caixa positivo é quase sempre o anseio e a necessidade iniciais do produtor. “Ele procura orientação técnica e o estímulo do Projeto é de extrema importância para a melhoria das condições de vida e a elevação da capacidade de investimento, situação que está sendo atingida graças ao aumento na porcentagem de vacas em lactação e na produção média de leite por vaca”, afirmou.

A área média utilizada pela atividade leiteira nas propriedades assistidas é de aproximadamente 30 hectares, com produção média de 270 litros de leite por dia. O projeto atende propriedades com áreas que variam de 7,2 ha a  9 ha e produção média diária variando entre 100 e mais de 700 litros, indicando que a sistemática de atuação técnica adapta-se a diferentes realidades.

“A cada ano, a equipe de extensionistas das Casas da Agricultura atendem diretamente cerca de 55 produtores de leite, em 11 municípios, promovendo palestras, cursos, dias de campo e excursões. As tecnologias implantadas e os resultados obtidos nas propriedades assistidas são difundidos e compartilhados com outros produtores que voluntariamente podem aderir ao Projeto”, avalia o diretor.

Entre os fatores que diferenciam a dinâmica de desenvolvimento e alcance dos resultados nas propriedades assistidas, o médico veterinário da Secretaria, que atua na CATI Regional, Oswaldo Adorno destacou o cumprimento dos compromissos assumidos pelos produtores e a sintonia de comunicação regular entre técnico e produtor, com resultados quantificados, avaliados e documentados em planilhas de escrituração zootécnica e econômica, as quais fundamentam as tomadas de decisão a cada visita técnica.

A equipe técnica coordenadora do Projeto CATI Leite na região de Guaratinguetá avaliou que para 2016 a prioridade é reforçar a atuação técnica na orientação de dois temas principais: a racionalização do uso da terra, com a  melhoria da fertilidade e conservação do solo e a consequente melhoria de suporte e lotação das pastagens; e racionalização da estruturação do rebanho, como forma de elevar a porcentagem de vacas em lactação no rebanho, a partir da intensificação dos cuidados voltados ao controle reprodutivo e ao melhoramento genético do rebanho.

Em tempos de obrigações dos produtores frente ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), cujo prazo para preenchimento encerra no dia 5 de maio de 2016, e ao consequente Plano de Regularização Ambiental (PRA), a contribuição do Projeto CATI Leite ganha importância especial pela contribuição ao planejamento no uso da terra, pois, ao aumentar com eficácia a lotação das áreas de pastagens e melhorar a estruturação do rebanho, gera oportunidade para a ocupação de menores extensões de áreas da propriedade utilizadas no sistema de produção leiteira,  liberando áreas para implantação de outras atividades econômicas e para as necessárias adequações à legislação ambiental.

Para o secretário de Agricultura, Arnaldo Jardim, esta forma de atuação da pasta é uma determinação do governador Geraldo Alckimin, “que prega ações conjuntas e estruturadas que venham a se complementar, tornando a atividade agropecuária um alicerce para a sustentabilidade do Estado. Isso só será possível a partir do momento que diminuirmos a distância entre o homem do campo e o conhecimento, e esse é o trabalho que o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria está executando”, disse.