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Uma equipe começou a trabalhar bem antes do início da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação – Agrishow para oferecer aos visitantes uma demonstração do potencial das sementes produzidas e comercializadas pela CATI, por meio do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM). Em uma pequena área dentro do estande da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) foram feitos, em meados de fevereiro, os plantios de milho, sorgo, girassol e nabo forrageiro. E durante a semana, essas plantas chamam a atenção de quem passa pelo espaço da Secretaria. “Começamos o preparo da terra e plantio em meados de fevereiro para que neste momento todos os materiais apresentassem a sua pujança”, conta o engenheiro agrônomo Geraldo Geraldi Junior, um dos plantonistas que estão à disposição dos visitantes para prestar esclarecimentos e tirar dúvidas durante a Agrishow, de 25 a 29 de abril.
Geraldo Geraldi é do quadro do DSMM e fica lotado em Ribeirão Preto, mas conhece bem o trabalho desenvolvido ao longo dos anos pelo Departamento em todo o Estado de São Paulo, em especial na Fazenda Ataliba Leonel, sediada no município de Manduri, onde são feitos os melhoramentos dos materiais. Geraldo conta que a CATI foi pioneira no lançamento dos milhos variedade, que têm baixo custo e rusticidade. “A SAA passou a oferecer, por meio da CATI, um material com ótima relação custo x benefício para o agricultor familiar ou com propriedades pequenas e médias. Mas, essas são sementes também necessárias para aqueles que cultivam milhos híbridos, transgênicos, materiais mais exigentes, em áreas de refúgio como forma de proteção contra pragas”, afirma o técnico.
Os milhos variedade AL-Piratininga e AL-Avaré são os carros-chefe em vendas, e estes e outros chegam a ser encontrados em cerca de 800 mil hectares em todo o País, sendo 90% material da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da CATI. Mas, materiais como o sorgo, que têm dupla aptidão (grão e forragem) também têm grande aceitação e podem substituir o milho com o mesmo padrão nutricional. “Na Agrishow, nosso intuito é dar uma demonstração e o fato de termos nossos técnicos de plantão ajuda a divulgar o trabalho da instituição nessa área de assistência técnica e extensão rural”, afirma Ricardo Lorenzini, diretor do DSMM/CATI e quem comanda as 21 unidades de produção, 15 de sementes e seis de mudas em todo o Estado. “Também achamos interessante trazer um pouco do trabalho dos bastidores, realizado pelo Laboratório de Sementes, responsável por toda a qualidade e certificação das sementes com a chancela do governo do Estado, via SAA/CATI. A demonstração de como é feita a germinação das sementes sempre chama a atenção dos visitantes que conhecem pouco desse trabalho que é fundamental”, orienta o engenheiro agrônomo Edson Luiz Coutinho, diretor do Laboratório Central, também presente no plantão da Agrishow.
No caso das mudas, a CATI separou cerca de três mil mudas de 50 espécies diferentes para serem demonstradas na Agrishow. Elas não são comercializadas durante a Feira, mas é feito todo um trabalho de divulgação das mudas produzidas pelo DSMM. “A venda é apenas o produto final, nós estamos sempre procurando observar e estudar outras espécies, principalmente de frutíferas, para podermos oferecer produtos diferenciados e alternativos. A atemoia é um exemplo desse trabalho; foi introduzida pelo engenheiro agrônomo Takanoli Tokunaga que plantou os primeiros pés no Núcleo de Produção de Mudas de São Bento do Sapucaí (DSMM/CATI), e depois se tornou conhecida e apreciada”, conta o engenheiro agrônomo Emmanuel Afonso Souza Moraes, que comanda o Centro de Produção de Mudas. “Hoje estamos, em parceria com universidades, estudando o comportamento do cambuci, uma fruta que passou a ser mais conhecida ultimamente e caiu no gosto popular. Com isso estamos dando alternativas, principalmente para o pequeno produtor, que pode ter várias espécies e produzir durante todo o ano”, explica Emmanuel.
Segundo o técnico, a venda para a merenda escolar também tem contribuído para esse aumento da procura de frutíferas. “Com isso, aproveitamos para realizar a nossa principal função como extensionista porque aproveitamos para repassar aos produtores que nos procuram todas as Boas Práticas de conservação dos recursos naturais e tecnologias e práticas para uma produção sustentável”, explica Emanuel.
Após a Agrishow, quem se interessar em adquirir as mudas e sementes produzidas pelo DSMM/CATI deve procurar algum dos Núcleos de Produção ou as Casas da Agricultura locais. Podem, também, entrar em contato com o DSMM pelo e.mail dsmm@cati.sp.gov.br. Mais informações no site da www.cati.sp.gov.br.
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