CATI-SP

Técnicos da CATI são capacitados sobre Restauração de Florestas Nativas em Microbacias Hidrográficas

Visando dar suporte à operacionalização do Projeto Recuperação de Matas Ciliares, Nascentes e Olhos D’água, o qual está inserido no âmbito do Programa de Incentivos à Recuperação de Matas Ciliares e à Recomposição de Vegetação nas Bacias Formadoras de Mananciais de Água - Programa Nascentes, da Secretaria do Meio Ambiente (SMA), extensionistas da CATI, com formação agrônomica, participaram no dia 22 de junho, do curso Restauração de Florestas Nativas em Microbacias Hidrográficas.

Segundo Mário Ivo Drugowich, engenheiro agrônomo da CATI especialista em conservação do solo e um dos organizadores da capacitação junto com a engenheira agrônoma Cláudia Mira Attanásio, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), o objetivo foi dar suporte à essa demanda e também ao Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas (Prada), no sentido de prover os técnicos de informações sobre as diversas metodologias para a restauração ecológica. “A realização desse curso se fez necessária neste momento, pois os técnicos da CATI precisam de conhecimentos específicos, pois participarão da elaboração e farão o acompanhamento dos projetos executivos que embasarão as ações previstas pela Portaria CATI n.º 26, de 25/5/2017, a qual define as práticas elegíveis pela Deliberação CO–7, de 20-9-2016, do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap)”.



A capacitação foi realizada no Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica – Brasil Kirin, situado em Itu, e contou com a participação de 23 técnicos da CATI neste primeiro módulo. “A escolha do local foi estratégica, pois o Centro mantém um viveiro padrão e desenvolve diferentes metodologias no tema-chave do treinamento. O curso foi dividido em duas partes: teórica e prática. Neste primeiro evento (está previsto mais um curso para 20 pessoas, visando contemplar o restante da área geográfica paulista) participaram 23 técnicos da CATI”, explica Mário Ivo.

A parte teórica contou com palestras ministradas por especialistas de renome internacional, como os professores Flávio Bertin Gandara e Ricardo Ribeiro Rodrigues, do Departamento de Biologia da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal; Cláudia Mira Attanásio (Apta - Polo Centro-Sul); Zezé Zakia, do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef); Antoniane Arantes de Oliveira Roque, do Centro de Informações Agroepecuárias (Ciagro/CATI); e Rafael Bitante Fernandes, biólogo e gerente de restauração florestal do Centro, que sediou o curso.

Entre os assuntos debatidos pelos palestrantes destacaram-se:

● plantio de espécies nativas
● condução da regeneração natural de espécies nativas
● plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração natural de espécies nativas
● plantio intercalado de espécies nativas e exóticas, em sistema agroflorestal, em Área de Preservação Permanente (APP)
● plantio intercalado de espécies nativas e exóticas, em sistema agroflorestal, em Reserva Legal

Na prática, os participantes visitaram diversas áreas, além das do próprio Centro, como a Fazenda Capoava, em Cabreúva; a represa de Iracemápolis; além de áreas da Fazenda Galvão. “Nesses locais, os técnicos conheceram os resultados de diferentes metodologias, de acordo com peculiaridades locais”.



Sobre o Projeto

O Projeto Recuperação de Matas Ciliares, Nascentes e Olhos D’água foi instituído no âmbito do Programa de Incentivos à Recuperação de Matas Ciliares e à Recomposição de Vegetação nas Bacias Formadoras de Mananciais de Água - Programa Nascentes, da Secretaria do Meio Ambiente, pelo Decreto n.º 62.021, de 14 de junho de 2016. Ele está sendo implementado com recursos do Feap.

Os principais objetivos desse Projeto são:

●  proteger e recuperar matas ciliares, nascentes e olhos d’água;
●  proteger áreas de recarga de aquífero;
●  ampliar a cobertura de vegetação nativa em mananciais, especialmente a montante de pontos de captação para abastecimento público;
●  promover o plantio de árvores nativas e a melhoria do manejo de sistemas produtivos, em bacias formadoras de mananciais de água.

Mais informações: (19) 3743-3870 ou 3743-3859
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