CATI-SP

Zootecnista – uma profissão do futuro ou uma profissão de futuro?

Dia 13 de maio é comemorado o Dia do Zootecnista, profissão que nos idos da década de 1970 era considerada a “profissão do futuro”, como conta a zootecnista Suely Savastano, que se formou nessa época e entrou para os quadros da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, primeiro no Instituto de Zootecnia, em Nova Odessa, e depois na CATI, em 1973. Nessa época já veio acompanhada pelo também zootecnista Sérgio Savastano. O namoro que começou na Universidade Estadual paulista (Unesp) Campus Jaboticabal já dera em casamento. Juntos, eles contam que foram os primeiros dos 10 zootecnistas que ingressaram na CATI. “Era um para cada Delegacia Regional, que na época eram 10”. Ainda havia, por parte dos engenheiros agrônomos e médicos veterinários, que eram e continuam sendo a grande maioria na instituição (hoje são 453 engenheiros agrônomos), a velha piada: “Zootecnista é aquele que não conseguiu ser nem agrônomo, nem veterinário”. Sem querer fazer troça, a zoada nunca fez sentido e cada vez faz menos ainda.

“A Zootecnia nunca competiu, nem com uma área, nem com outra, ela soma e abrange várias áreas de saúde animal, trabalha muito com a prevenção e abre muitos campos”, afirma Suely. “Hoje, existem zootecnistas em várias áreas importantes do conhecimento, todos que se formaram na mesma época que eu e Sérgio conseguiram trabalhar e se manter na área. As fábricas de rações empregavam muito, assim como a avicultura e a piscicultura. É uma profissão que enfrenta bem o mercado”, fala dando o recado para os que se interessarem em fazer da Zootecnia uma profissão.

No caso do casal “SS”, como eram conhecidos na CATI, a escolha recaiu sobre a bovinocultura. Suely optou pela produção animal voltada ao gado leiteiro e Sergio pela nutrição animal voltada ao gado de corte. Michel Golfetto Calixto, zootecnista sediado na CATI Regional Ribeirão Preto, lembra que trocou muitas “boas conversas” com Sérgio antes de ele se aposentar e vir a atuar apenas como professor universitário.

Michel foi do penúltimo concurso, entrou na CATI em 2008 e está junto com mais 24 zootecnistas, que estão espalhados nas unidades da CATI em todo o Estado. “Bem, já temos 25, é um bom número”, comemora Michel, que também optou pelo gado leiteiro. “Quando me formei em Zootecnia, comecei atuando em projetos de leite na região de Ribeirão Preto, onde já tinha grande participação das Casas da Agricultura em dias de campo e acompanhamento técnico dos produtores. Hoje, continuo atuando na mesma região onde comecei e tive a oportunidade de acompanhar o desenvolvimento e a transformação dos produtores como um todo na atividade. A Zootecnia me deu a oportunidade de trabalhar a produção animal e com ela ser realmente um agente de transformação na vida dos produtores rurais da minha região”, afirma Michel.

Em outra área, trabalhando já há anos na Baixada Santista, está o zootecnista Newton Rodrigues, que optou por se especializar em piscicultura. Com diversos trabalhos em lambaricultura, inclusive publicados no Brasil e exterior, Newton se diz sempre um “extensionista” e nessa profissão de fé, cabem muitas outras carreiras. Afinal, extensionista é aquele que leva desenvolvimento ao campo, faz chegar aos produtores o que eles precisam para obter rentabilidade e qualidade de vida no campo, combatendo a evasão, dando novas alternativas de produção, gerando novos empregos e incentivando a economia solidária. O zootecnista Newton caminha por todos esses setores e tem certeza que a contribuição pode ser ainda maior.

E na assessoria do coordenador da CATI, João Brunelli Júnior, encontramos outro zootecnista, o Francisco Martins. Chico Martins, como é conhecido, faz parte de uma equipe multidisciplinar, a da Assessoria em Políticas Públicas, e trabalha com sociólogos, engenheiros agrônomos, com o pessoal da informática e com os jornalistas para ajudar a divulgar as políticas públicas disponíveis aos produtores rurais em todos os setores. Não é um zootecnista de campo, mas encontrou o “seu campo” dentro da instituição. Ou seja, há zootecnista para todas as obras. Então, fica o nosso parabéns aos 25 zootecnistas que compõem o quadro da CATI e a todos aqueles que escolheram a Zootecnia como profissão. Sucesso a todos eles!

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