Ações, projetos e eventos têm sido realizados por diversas entidades do segmento leiteiro na região, os quais contam com apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), como foi o evento realizado no dia 22 de janeiro, o qual contou com palestra do presidente da Abraleite, para debater o mercado leiteiro na região.
Organizado pela Cooperativa de Laticínios do Médio Vale do Paraíba (Comevap), pela Associação dos Sindicatos Rurais do Vale do Paraíba (Assirvap), pela Cooperativa de Laticínios de Cachoeira Paulista (Colacap), pelo Sindicato Rural de Pindamonhangaba e pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), com apoio da CDRS - Regionais Pindamonhangaba e Guaratinguetá, o evento reuniu produtores; representantes de órgãos públicos estaduais e municipais, da Associação dos Sindicatos Rurais do Vale do Paraíba e da Associação Paulista de Queijos Artesanais; e lideranças do setor agropecuário, na sede da Comevap, em Taubaté.
Para um público atento de mais de 80 pessoas, o presidente da Abraleite, Geraldo Borges, falou sobre os desafios e a importância da organização do setor leiteiro nacional, durante a palestra “Oportunidades e Desafios da Cadeia Produtiva Leiteira”. Em sua fala, Borges apresentou as ações e atividades da entidade em prol do setor leiteiro brasileiro, bem como a missão, os objetivos e a estruturação da entidade, a qual tem batalhado para representar os produtores de leite e atender às suas demandas junto aos órgãos governamentais. “Precisamos mostrar a nossa grande representatividade dentro do setor agropecuário, ao invés da imagem de que pertencermos a uma classe de produtores desunida”, defendeu o presidente da Abraleite.
Durante a palestra, o presidente da Abraleite lembrou que o mais recente levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, no Brasil, existem 1,171 milhão de propriedades que produzem leite, em quase 100% dos municípios do País, que é o terceiro maior produtor de leite do mundo (atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia), com mais de 32 bilhões de litros por ano. “A atividade tem um papel socioeconômico muito grande, com geração de emprego, renda e preservação ambiental; por isso é fundamental para o fortalecimento do setor, que trabalhemos a eficiência de toda a cadeia produtiva”.
Representando a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, o coordenador da CDRS, José Luiz Fontes, declarou: “Em São Paulo, o leite é uma das cadeias produtivas prioritárias para a Secretaria, portanto precisamos, cada vez mais, ser atuantes nos Arranjos Produtivos que trabalham para o desenvolvimento do segmento do leite, com produtos diferenciados, com certificação de qualidade e, sobretudo, apoiar as associações e cooperativas. Nesse sentido, apoiamos e trabalhamos com os produtores nas áreas de gestão, planejamento e aplicação de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) nas propriedades leiteiras paulistas”.
Fontes aproveitou a oportunidade e anunciou a implantação do Programa Mais Gestão, Mais Renda, bem como falou sobre o fortalecimento do trabalho conjunto com os municípios e a valorização das Casas da Agricultura, enfatizando: “A partir de agora, junto com toda orientação técnica voltada à produção, o enfoque será na gestão dos negócios do meio rural, visando ao desenvolvimento sustentável com base no tripé econômico, social e ambiental, haja vista que, mais do que nunca, a conservação do meio ambiente não pode estar desassociada da produção rural”.
Segundo Adauto Gobbo, presidente da Comevap, o evento foi uma oportunidade de os cooperados terem um amplo diálogo com a Abraleite e os membros do Grupo Gestor do Arranjo Produtivo Local do Leite (APL), identificando os desafios a serem superados para que a cadeia seja fortalecida. “Com o debate, vimos a importância da associação e união de esforços de todo o setor”, salientou Adauto Gobbo.
Concordando com o presidente da Comevap, Haley de Carvalho, diretor da CDRS Regional Pindamonhangaba, considera que o evento foi um excelente espaço para a rede de extensionistas que atuam no Vale do Paraíba, para ampliar os conhecimentos sobre o setor leiteiro e a atividade da Abraleite, bem como trocar informações com os demais parceiros da Secretaria de Agricultura que atuam na região”.
Sobre o APL da Pecuária Leiteira do Vale do Paraíba, citado por Adauto Gobbo, Haley o destaca como uma parceria público-privada, com participação de organizações para melhorar a produção e a qualidade do leite, a gestão e comercialização, baseado nos conhecimentos técnico-científicos desenvolvidos pela universidade, pesquisa, assistência técnica, extensão rural e sanidade animal. “No Vale do Paraíba, o APL do leite é bem abrangente, contando com a participação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio das suas unidades regionais das Coordenadorias de Desenvolvimento Rural Sustentável e de Defesa Agropecuária, bem como da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural(Senar), do Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae), da Associação dos Sindicatos Rurais do Vale do Paraíba (Assirvap), da Cooperativa de Laticínios do Médio Vale do Paraíba (Comevap), das Empresas Suzano e Calcário Dolomia, além das prefeituras municipais da região”.
SAA fortalece o segmento leiteiro com aprimoramento da legislação
Recentemente, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento divulgou as normas e os procedimentos para a obtenção do selo Arte, por meio de uma Resolução que beneficia os produtores de queijos artesanais, charcutaria e outros embutidos de origem animal, que estão inseridos na categoria Agroindústria de Pequeno Porte (leia mais aqui).
Abraleite
A Abraleite foi criada em 2017 para representar os produtores e criadores de raças leiteiras do Brasil e promover a pecuária leiteira com a realização de feiras, seminários e diversos outros eventos que divulguem o leite e seus derivados, como alimento nutricional e saudável perante toda população brasileira.
Mais informações: (19) 3743-3870 ou 3743-3859
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