De 9 a 13 de março, uma missão do Banco Mundial, composta por três consultores, se reuniu com as equipes da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente para discutir e avaliar a execução do “Projeto de Desenvolvimento Rural – Microbacias II – Acesso ao Mercado”. Os encontros foram realizados em São Paulo e Campinas e contam com a participação dos grupos de trabalho da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, e da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais (CBRN), pertencente à Secretaria do Meio Ambiente.
“A missão do Banco é um trabalho de rotina, pré-agendado, cujo objetivo é avaliar os avanços, propor alterações e agendar os compromissos necessários para que tenham uma execução satisfatória, principalmente agora em que se aproxima o encerramento do Projeto e nós estamos com a proposta de uma prorrogação desse prazo junto ao governo federal, por meio da Secretaria de Assuntos Internacionais”, explica José Carlos Rossetti, coordenador da CATI, sobre a importância da reunião periódica.
Durante a missão foram apresentados os avanços do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II – Acesso ao Mercado; revisados componentes como as Salvaguardas Sociais; apresentadas as ações dos subprojetos ambientais; abordadas as estratégias de execução das Iniciativas de Negócio e estradas rurais; discutidos temas relacionados às licitações, planos de aquisição e de capacitação, entre outros assuntos pertinentes ao Projeto.
Segundo o gerente técnico do Microbacias II pela CATI, João Brunelli Júnior, além de reafirmar os compromissos estabelecidos, desta vez a CATI propôs uma estratégia para agilizar a execução do Projeto por meio de um acompanhamento semanal das Iniciativas de Negócio aprovadas. “Um grupo técnico será coordenado para ficar exclusivamente à disposição das organizações, e existirá uma reunião periódica para avaliar o processo de implantação do Projeto em cada região. Essa equipe dará um suporte bem mais rápido e eficiente para que possamos acelerar a execução dos projetos. Uma outra forma de ajudar nesse processo de implantação e aquisição dos bens é a viabilização dos 30% da contrapartida por meio de um financiamento junto ao Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap)”, destacou Brunelli Júnior.
Os consultores, cada um responsável por uma avaliação específica, analisaram tudo o que foi executado até agora e adquirem conhecimento sobre o planejamento e estratégias das próximas ações. Para a gerente do Microbacias II pelo Banco Mundial, Marianne Grosclaude, cada visita é sempre muito positiva para se resolver os gargalos e afinar os trabalhos coletivos referentes ao Projeto. “Nós trabalhamos hoje com a expectativa de conseguir prorrogar o prazo de execução do Projeto para mais dois anos. Apesar do Microbacias II ter demonstrado lentidão nos dois primeiros anos de execução, percebemos agora um grande avanço. E esse será o grande desafio: o de poder agilizar ainda mais em todos esses trabalhos. Ainda temos 80% dos recursos para serem utilizados, mas a CATI nos apresentou uma estratégia de intensificação do acompanhamento no campo por meio das Regionais e das Casas da Agricultura que ajudarão muito a melhorar o desempenho do Projeto”, ressaltou a representante do Banco Mundial.
Se o Projeto for prorrogado para a execução até 2017, mais R$ 25 milhões de reais poderão ser investidos em mais cerca de 70 Iniciativas de Negócio, beneficiadas por meio de uma 6.ª Chamada Pública. Até o momento, existem R$ 88 milhões aprovados até a 5.ª Chamada. O Microbacias II é um Projeto do governo do Estado de São Paulo, executado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por intermédio da CATI, e pela Secretaria do Meio Ambiente, por meio da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais (CBRN). O objetivo é promover o desenvolvimento rural sustentável e a competitividade agrícola paulista, aumentando as oportunidades de emprego e renda para pequenos agricultores e suas famílias, organizados em grupos formais, por meio do apoio às Iniciativas de Negócio voltadas ao mercado.
Texto e fotos: Juliana Montoya - Jornalista - Centro de Comunicação Rural (Cecor/CATI)