CATI-SP

Secretário de Agricultura e Abastecimento assina acordos que trarão benefícios à Campinas e região

Veja, abaixo, o vídeo desta reportagem.

Nesta quarta-feira, 20 de maio, o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, acompanhado pelo secretário adjunto, Rubens Rezek, esteve em Campinas para assinar vários termos e acordos em favor do meio ambiente, entre eles com a Fundação SOS Pró-Mata Atlântica (Sosma) para a recuperação de matas ciliares no entorno da Bacia dos rios Piracicaba, Capivari, Jundiaí (PCJ), responsável pelo abastecimento de água da região, e lançou a ferramenta Fitogeografia, idealizada pelo Centro de Informações Agropecuárias, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Ciagro/CATI), e pelo Instituto Botânico, órgão da Secretaria do Meio Ambiente (SMA), que auxiliará nos projetos de recomposição de áreas degradadas. O encontro, organizado pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette, reuniu secretários municipais, diretores e coordenadores de órgãos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), políticos locais e lideranças no Salão Azul da Prefeitura de Campinas.

Arnaldo Jardim aproveitou a ocasião para falar sobre as várias ações coordenadas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), como os mutirões para preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), para que seja iniciado o Programa de Regularização Ambiental (PRA) no Estado de São Paulo, entre outras iniciativas, principalmente aquelas tomadas com o intuito de reduzir os impactos da crise hídrica, como o lançamento de novas cultivares resistentes ao estresse hídrico, o incentivo à regularização de outorgas de água para irrigação e os projetos mais recentes, como o lançamento do Projeto Nascentes, para recuperação de matas ciliares no entorno de nascentes, o incentivo ao Projeto Produtor de Água, que paga por serviços ambientais prestados por agricultores familiares. O secretário fez uma explanação sobre a Fitogeografia explicando que a ferramenta, a qual pode ser utilizada gratuitamente por qualquer interessado em recuperar áreas já se encontra disponível no site da CATI (www.cati.sp.gov.br). A nova ferramenta foi criada em conjunto pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento e pela Secretaria de Meio Ambiente. “Embora a responsabilidade da minha pasta, agricultura, seja voltada à produção de alimentos e ao abastecimento, temos consciência de que isso só é possível se estivermos em consonância com a proteção e recuperação do meio ambiente. Então esta atuação conjunta e as parcerias para que várias ações e projetos sejam levados a efeito têm sido fundamentais”, argumentou Arnaldo Jardim, conhecido no meio por ser um árduo defensor das questões ambientais ao longo de sua carreira.

Jardim falou sobre os dados recentes levantados pela SAA, que criam a possibilidade de disponibilizar R$ 4 bilhões de ativos ambientais- autuações ambientais dirigidas às empresas e/ou particulares, somadas às solicitações espontâneas para regularização ambiental - em verba para prover a regularização de áreas de preservação permanente, como matas ciliares e no entorno de nascentes da Bacia PCJ e outras, como as Bacias do Alto Tietê e do Paraíba do Sul. “Caberá à CATI identificar as áreas prioritárias que venham a reduzir o impacto causado pela crise hídrica”, afirmou Jardim, lembrando o importante papel desempenhado pelo órgão de extensão rural da Secretaria. O termo de cooperação assinado com a ONG Fundação SOS Pró-Mata Atlântica servirá para indicar quais as áreas que necessitam ser recuperadas.

 O ambientalista Mário Mantovani, diretor da ONG SOS-Pró Mata Atlântica, e companheiro de longa data de Arnaldo Jardim e de Jonas Donizette nas questões ambientais, lembrou os avanços da instituição: “Hoje, 17 estados brasileiros e mais de 3.400 municípios estão mapeados”. Mantovani falou também sobre o pioneirismo de São Paulo ao lançar a ferramenta Fitogeografia, “tão importante para a correta identificação das espécies nativas recomendadas a cada região, principalmente em São Paulo, que tem tanto a vegetação de Cerrado como de Mata Atlântica em seu território, afirmando que só há recuperação se o replantio for feito com as espécies adequadas, sendo esse o mapeamento que a ferramenta, elaborada pela CATI e pelo Instituto Botânico está colocando à disposição.

 O coordenador da CATI, José Carlos Rossetti, explicou como o órgão tem contribuído com o seu trabalho de extensão, por meio de ações em todo o território paulista. “Esse é o nosso dia a dia, é o que fazemos”, afirmou Rossetti lembrando que a CATI está em praticamente todos os municípios do Estado de São Paulo e é justamente essa capilaridade, essa possibilidade de estar perto do produtor rural, que permite difundir as melhores práticas. Rossetti falou sobre alguns projetos geridos pela instituição: o Projeto Microbacias II – Acesso ao Mercado; o Projeto Nascentes, recém-lançado; as Boas Práticas Agropecuárias difundidas nas mais diversas cadeias produtivas; além dos mutirões de orientação ao produtor rural para o preenchimento do Cadastro Ambiental Rural.

 Campinas – município que deu um salto em qualidade ambiental

 O secretário e o prefeito, Jonas Donizette, comemoraram o fato de Campinas ter se tornado a primeira grande cidade a proporcionar o Pagamento por Serviços Ambientais, que passará a recompensar monetariamente os proprietários rurais que contribuírem para a produção de mais água. “Ações como essa e outras várias tomadas pela Prefeitura têm contribuído para o reconhecimento de Campinas como Município VerdeAzul. Há dois anos, o município tem mantido a 14.ª posição depois de estar na 221.ª, há pouco tempo, no quesito ambiental”, afirmaram Jonas Donizete e o secretário municipal responsável pela pasta, Rogério Menezes. O prefeito falou, ainda, sobre o incentivo às compras governamentais, como a do Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE), de produtores rurais familiares, afirmando que Campinas já ultrapassou os 30% exigidos e já compra 37% de alimentos de cooperativas formadas por agricultores familiares. “Pretendo aumentar ainda mais esse percentual e priorizar os produtos e produtores da região”, afirmou Donizette.

Outra conquista importante para o município foi a da cessão de 726m2, destinados à instalação da sede da Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp) em parte de um prédio localizado na área do Parque da CATI. Após as análises técnicas e comprovada a viabilidade, a proposta será encaminhada ao governador Geraldo Alckim para aprovação do Decreto de autorização. A Agemcamp vem funcionando de forma itinerante e hoje é seu presidente o prefeito de Campinas, Jonas Donizete, e um dos membros, o coordenador da CATI, José Carlos Rossetti. A agência é referência no tratamento de temas relevantes para a região metropolitana.

 Fitogeografia

Conheça um pouco mais sobre a ferramenta Fitogeografia, que auxiliará na proposta de projetos de recomposição de matas em áreas de preservação. Acesse este link.

Texto e fotos:Graça D’Àuria - jornalista - Centro de Comunicação Rural (Cecor/CATI)