A escolha do local do pomar deve ser determinada o mais racionalmente possível, pois as plantas permanecerão por muitos anos nessa área. Para evitar problemas futuros, o ideal é o planejamento geral, efetuado por um engenheiro agrônomo especializado no assunto.
O pomar deve ser instalado em locais com água suficiente para as necessidades das plantas, levando-se em conta possíveis planos de expansão da cultura.
Em relação à topografia, deve-se dar preferência a áreas de meia-encosta, com face para o norte e baixa declividade. Algumas plantas, como o kiwi e o maracujá-doce, suportam mais que outras espécies as condições com menor insolação.
Na escolha do local, as necessidades específicas de cada espécie e cultivar devem ser levadas em conta. No caso de espécies e cultivares de produção precoce, devem ser evitadas as áreas de baixada, sujeitas às geadas tardias.
Outro ponto a ser observado é a incidência de ventos fortes e frios, principalmente os do sul, que prejudicam as plantas. Para todos os casos, deve-se providenciar a instalação de quebra-ventos para diminuir os danos. As plantas utilizadas como quebra-vento, serão escolhidas de acordo com as recomendações técnicas, após estudo das condições locais, podendo ser o sansão-do-campo, a Grevílea robusta, o capim-napier, o legustro, o margaridão, as bananeiras, o bambu, o jambolão, o alfeneiro etc. Na escolha da espécie, deve-se atentar para alguns detalhes, como a sua altura (sombreamento na cultura), o seu sistema radicular e a possibilidade de transmissão de pragas e doenças ao pomar.
Em observações práticas foi demonstrado que os solos de textura média, bem drenados e com bom teor de matéria orgânica, são os que apresentam melhores características agronômicas para o bom desenvolvimento da maioria das fruteiras. Desse modo, devem-se evitar os solos excessivamente pesados, rasos, mal-drenados e pedregosos.
O pomar deve ser de fácil acesso e planejado de maneira a permitir as operações de tratos culturais, colheita e, se possível, a mecanização. Deve-se ter em mente que pequenas mudas se transformarão em árvores frondosas e que ocuparão áreas e alturas consideráveis.
Os terrenos à beira de estradas públicas apresentam riscos de furtos e possibilitam a ocorrência de danos físicos e contaminações nas plantas, causados pela poeira e outros agentes externos. Nesse caso, a instalação de proteção do pomar com cercas-vivas ou outros métodos é imprescindível.