No dia 21 de maio, o coordenador da CATI, José Carlos Rossetti, juntamente com a equipe técnica que representa as principais cadeias produtivas trabalhadas pela instituição, esteve em uma reunião com o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, em São Paulo, para apresentar a estratégia de trabalho executada pela Coordenadoria nos últimos três anos e qual o planejamento em função das atuais demandas do produtor rural. “Nesse momento nós estamos discutindo o planejamento estratégico da CATI e chegamos a algumas importantes conclusões que foram definidas por meio de ações participativas entre os técnicos das Casas da Agricultura e os profissionais mais experientes de cada cadeia, até como forma de repassar o conhecimento adquirido. Nós selecionamos os trabalhos que estão sendo executados e estabelecemos uma estrutura de acompanhamento, como por exemplo, a preocupação com o Projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural e o Projeto de Mitigação do Carbono, dois importantes projetos que ainda gerarão matéria-prima para o Microbacias II”, explicou o coordenador da CATI.
Entre as ações da CATI estão as sete principais cadeias produtivas do Estado de São Paulo: aquicultura, bovinocultura de leite, bovinocultura de corte, cafeicultura, fruticultura, heveicultura e olericultura. O tema Conservação do Solo também foi acrescentado nas discussões, devido aos esforços na recuperação de áreas degradadas que vêm sendo realizados por meio do Projeto Integra SP. Cada representante das principais cadeias fez sua apresentação sobre o tópico específico e teve a oportunidade de demonstrar não apenas os trabalhos desenvolvidos como também apresentar sugestões para as futuras ações integradas com a Secretaria. “Foi ótimo perceber o interesse do secretário em relação aos nossos projetos. Foram feitos vários questionamentos e tivemos um ordenamento da forma de agir entre os trabalhos desenvolvidos nas cadeias produtivas. E ficou bem claro, também, que vários projetos são consequência do Integra SP e apenas por meio de seu bom desempenho se torna possível obter o devido suporte para executar o Microbacias II ou, mesmo quando o Projeto acabar, continuaremos a oferecer o devido suporte de forma eficiente, produzindo com qualidade e respeito ao meio ambiente em relação aos recursos naturais”, complementou Gilberto Job Borges de Figueiredo, técnico responsável pela Casa da Agricultura de Caraguatatuba e representante da CATI na cadeia de olericultura.
Para o diretor do Centro de Informações Agropecuárias (Ciagro/CATI), Mário Ivo Drugowich, também responsável pelo tema de Conservação do Solo na CATI, a reunião serviu para estreitar ainda mais os laços de atuação e parceria entre o secretário e a instituição, já que a reunião abriu espaço para que os principais projetos e ações do órgão pudessem ser apresentados com a devida riqueza de detalhes e sua importância no atual cenário agrícola que compõe o Estado. “Só para se ter uma ideia em relação à nossa atuação, em um ano e dois meses, a Secretaria tinha cerca de 36 mil propriedades cadastradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Desde quando Jardim assumiu, a Secretaria e fez a convocação de trabalho com as respectivas metas, a CATI, em dois meses, conseguiu preencher mais 50 mil cadastros, o que corresponde a cerca de 70% do nosso público atendido, de pequenos produtores. Com isso, o secretário teve a exata noção de como funciona o trabalho da CATI e como nossa resposta é imediata diante das solicitações da pasta. Nós mostramos a flexibilidade e a força das nossas ações”, destacou Drugowich. O diretor do Ciagro ressaltou ainda a intervenção do órgão em questões de urgência vivenciadas pela agricultura nos últimos tempos, como a que ocorreu na região do Alto Tietê, quando devido à situação de crise hídrica, a resposta dos agricultores diante da necessidade de uma mudança no sistema de irrigação e de uma racionalização no uso da água só foi alcançada com sucesso devido à incursão da CATI no processo de orientação e adequação na produtividade.
Segundo Drugowich, outras importantes questões também foram discutidas durante a reunião, como o levantamento feito pela CATI, desde 2013, sobre o deslocamento da produção da cana-de-açúcar em função da legislação aplicada em todo o Estado; o desenvolvimento dos trabalhos de recuperação das áreas degradadas e a implantação do Integra SP, que levou à criação de linhas de crédito específicas para que as áreas fossem corrigidas e dessem suporte para a manutenção das principais cadeias produtivas; e, por último, a aplicação do Projeto Microbacias II, que veio para agregar valor social, ambiental e econômico às culturas, independentemente do período de permanência do Projeto.
Texto: Juliana Montoya - jornalista - Centro de Comunicação Rural (Cecor/CATI)
Fotos: Banco de Imagens - Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo